domingo, 7 de fevereiro de 2010
EU SIMBÓLICO
Resta-me da ossatura a
Carne de todos os símbolos
Perambulando entre os
Apriscos da floresta
Pictórica de muitas moradas
São meus alimentos os
Instintos selvagens dos
Instantes angustiados...
Sou fera rara! Tão rara
Quanto temporais de sonhos
A vida – minha catacumba! –
Encorpa minha alma de espíritos
Hora puros... Outras impuras
Sob o açoite de vergastas
Que me movem em direção aos nadas
Selo com meus símbolos a
Diáspora de todos os povos
Encarcerados nos andaimes dos
Caminhos para Babel:
No final da jornada não há céus
Todos os demônios unem-se
Numa desesperada oração onírica
E entoam hinos sufragantes
E choram choros lamuriantes
– gritos das minhas alcatéias! –
Oh! Sensações de ondas em espirais
Que me fazem vibrar no umbral de
Loucuras santas – tantas e quantas! –
Perdoa o corpo que te abriga as dores
Salva-o dos chicotes das representações
E me revelas o sonho real
Gerado nas profundezas da carne imaterial
É lá onde desejo ser toda Possibilidade dos
Sonhos mais sublimes e perfeitos e
Matizar minhas cores na ossatura do eterno Tags: batista, cultura, do, itapecurumirim
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