O reiki é uma das várias opções de tratamento utilizando a transferência de energia cósmica para o corpo humano e está entre as mais procuradas nos últimos anos.

Wanise Martinez e Luciana Barrella

A cura por meio das mãos é praticada desde antes de Cristo – faz parte de religiões e métodos terapêuticos como o reiki. A técnica foi redescoberta por Mikao Usui, que, em 1922, no Japão, começou a desenvolvê-la.
O mestre buscava uma técnica na qual houvesse transferência de energia, sem que o aplicador perdesse a energia de seu corpo ao passá-la para outras pessoas. Em suas pesquisas nos antigos pergaminhos budistas, ele encontrou referências a um método de captação e transmissão da energia cósmica (rei) no lugar de utilizar a energia vital (ki) do próprio corpo. Daí a origem da palavra reiki.
A pessoa que recebe as energias rei pelas mãos do reikiano (o agente canalizador da energia reiki), tem sua energia ki reequilibrada. A reiki master Cinira Palotta afirma que o indivíduo “tem melhora no funcionamento dos órgãos, aumento da disposição, alívio de dores, melhora do sono e da memória”. Esses são alguns dos benefícios do reiki.
O reiki auxilia nos tratamentos médicos, fisioterápicos e psicológicos. Pode ser usado para doenças, dores e para combater os motivos que proporcionam mal-estar à pessoa, como estresse e problemas emocionais.
No tratamento, há aplicação de energia em 12 pontos do corpo, começando pela cabeça. As mãos devem ficar sobre cada posição durante cinco minutos. Quando o paciente sentir um formigamento, calor, frio ou vibração, significa que a energia está sendo passada.
Sabe-se que o reiki não é a única prática que trabalha com transferência de energia. “Há muitas frequências de energia no universo”, afirma Cinira, “assim como, por exemplo, há várias estações de rádio e televisão, cada uma numa determinada frequência. É por isso que há muitos métodos de cura pelas mãos como o johrei, da religião messiânica, o okiomi, da religião mahikari, e os passes espíritas”.
Para praticar o reiki é preciso passar primeiro por três níveis de aprendizado – processo conhecido como “sintonização” ou “iniciação”. Esse é um ritual em que o mestre ensina aos alunos a ligação com a força vital universal. “A única forma de se acessar a energia reiki”, conta Cinira, “é pela transmissão feita do mestre para o aluno”.
A “iniciação” independe da idade, sexo ou das condições de saúde. E Cinira alerta que “o reiki nada tem a ver com religião ou práticas esotéricas e tampouco com forças do pensamento”.