sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Osho, por que você sempre nos diz para sermos felizes, se, antes da iluminação, a pessoa tem de chegar a um pico de dor e angústia?
Se eu não lhes disser para serem felizes, vocês jamais alcançarão o pico da dor e da angústia. Eu vou lhes dizendo para serem felizes, e, quanto mais eu digo "Sejam felizes", mais vocês ficam cientes de sua infelicidade.

Quanto mais você me ouvir, mais descobrirá a angústia surgindo. Este é o único modo de torná-lo infeliz — continuar constantemente obrigando-o: seja feliz! Você não pode sê-lo, então sente a infelicidade à sua volta.

Mesmo o que você supunha ser felicidade, até aqueles pontos desaparecem, e você se sente absolutamente sem esperança. Até mesmo a felicidade momentânea desaparece e o deserto fica completo. Todas as esperanças e todos os oásis desaparecem.

Mais eis onde o salto acontece. Quando você está realmente infeliz, totalmente infeliz — sem nem mesmo um raio de esperança —, de repente você abandona toda a infelicidade. Por quê? Por que isso acontece?

Acontece porque a infelicidade não está agarrada a você; você é que está agarrado à infelicidade. Uma vez que sente a angústia total disso, você abandona tudo — não há ninguém para carregar aquilo para você.

Mas você jamais sentiu a infelicidade tão intensamente: esteve sempre meio morno. Você sente um pouco de infelicidade, mas sempre existe uma esperança para o futuro: amanhã vai haver felicidade — um pequeno deserto, mas o oásis está ficando mais perto. Através da esperança você vai indo. Através da esperança, a in-felicidade permanece.

Todo meu esforço é para matar a esperança, para deixá-lo em tão total escuridão que você não possa permitir nenhum sonho nunca mais. Uma vez que essa intensidade chegue a cem graus, você evapora.

Então, você não pode carregá-la nunca mais; de repente, seja qual for o nome que você lhe dê — infelicidade, ego, ignorância, qualquer nome que queira dar —, ela cai.



Osho, em "Palavras de Fogo: Reflexões Sobre Jesus de Nazaré

O respeito é o princípio básico para podermos
seguir em nossa longa jornada.
Sem o respeito como princípio, não seremos capazes
de discernir o certo do errado, e com isso estaremos
atrasando nossa evolução.
É através do respeito para com nossos irmãos,
que trabalhamos em nós o discernimento
e a tolerância em tudo que nos acontece,
porque respeitamos os acontecimentos e nos preocupamos
apenas em melhorarmos, para não cometermos os mesmos erros sempre.
O respeito ao outro deve ser um fator preponderante
em nossa vida, e desta forma não estaremos invadindo
a individualidade de ninguém, mas desenvolveremos em nós
uma capacidade infinita de entender o outro como ele é,
e não como gostaríamos que ele fosse, e assim sendo sofremos
muito menos e aprenderemos muito mais.
Respeitando sempre o tempo de evolução de cada um,
desta forma não colocaremos o julgamento
na frente das ações do outro.
Somente através do respeito aos nossos semelhantes,
poderemos desenvolver em nós a Caridade e o Amor.

Lembra-se desta expressão?
"Quando você nasceu, todos riam e só você chorava.
Viva de modo que, ao morrer, todos estejam
chorando e só você sorrindo."
É um apelo à virtude, que floresce em nossos corações
quando nos transformamos moralmente.
Transformação moral é mudança de hábitos e costumes,
a anulação de vícios como o beber, o fumar, o tomar drogas,
o jogar; e outros mais, invisíveis aos olhos dos outros,
e até aos nossos próprios olhos, quando não nos conhecemos:
os vícios da soberba, da ira, da preguiça, da gula,
da luxúria, da inveja, da avareza...
A transformação moral dá leveza à alma
e suave alegria àquele que a realizou.

Osho, por que você sempre nos diz para sermos felizes, se, antes da iluminação, a pessoa tem de chegar a um pico de dor e angústia? Se eu nã...