quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011


O que eu disser só se tornará uma experiência para você se for colocado em prática. E de que modo colocar isso em prática? Ficando frente a frente com o ciúme. Agora ele não está na sua frente; está escondido atrás de você.

Não reprima o ciúme. Expresse-o. Sente-se no seu quarto, feche a porta e concentre-se no ciúme. Observe-o, veja-o, deixe que ele se torne tão forte quanto uma labareda. Deixe que ele se torne uma enorme labareda e queime nesse fogo, vendo o que ele é.

Não comece dizendo que o ciúme é feio, porque essa ideia vai reprimi-lo, não deixará que ele se expresse plenamente. Nada de opiniões! Tente simplesmente ver o efeito do ciúme na sua vida, olhe para o fato existencial. Sem interpretações, sem ideologias!

Esqueça os budas e entre em ação; esqueça-me. Deixe que o ciúme aflore. Olhe para ele, olhe bem dentro dele e faça o mesmo com a raiva, com a tristeza, com o ódio, com a possessividade.

Pouco a pouco você verá que só o fato de olhar para essas coisas suscitará um sentimento transcendental de que você é apenas uma testemunha; você deixa de se identificar. Você só para de se identificar quando encontra algo dentro de você.



Osho, em "Emoções: Liberte-se da Raiva, do Ciúme, da Inveja e do Medo"

Pergunta a Osho:

Osho, por que você sempre nos diz para sermos felizes, se, antes da iluminação, a pessoa tem de chegar a um pico de dor e angústia?
Se eu não lhes disser para serem felizes, vocês jamais alcançarão o pico da dor e da angústia. Eu vou lhes dizendo para serem felizes, e, quanto mais eu digo "Sejam felizes", mais vocês ficam cientes de sua infelicidade.

Quanto mais você me ouvir, mais descobrirá a angústia surgindo. Este é o único modo de torná-lo infeliz — continuar constantemente obrigando-o: seja feliz! Você não pode sê-lo, então sente a infelicidade à sua volta.

Mesmo o que você supunha ser felicidade, até aqueles pontos desaparecem, e você se sente absolutamente sem esperança. Até mesmo a felicidade momentânea desaparece e o deserto fica completo. Todas as esperanças e todos os oásis desaparecem.

Mais eis onde o salto acontece. Quando você está realmente infeliz, totalmente infeliz — sem nem mesmo um raio de esperança —, de repente você abandona toda a infelicidade. Por quê? Por que isso acontece?

Acontece porque a infelicidade não está agarrada a você; você é que está agarrado à infelicidade. Uma vez que sente a angústia total disso, você abandona tudo — não há ninguém para carregar aquilo para você.

Mas você jamais sentiu a infelicidade tão intensamente: esteve sempre meio morno. Você sente um pouco de infelicidade, mas sempre existe uma esperança para o futuro: amanhã vai haver felicidade — um pequeno deserto, mas o oásis está ficando mais perto. Através da esperança você vai indo. Através da esperança, a in-felicidade permanece.

Todo meu esforço é para matar a esperança, para deixá-lo em tão total escuridão que você não possa permitir nenhum sonho nunca mais. Uma vez que essa intensidade chegue a cem graus, você evapora.

Então, você não pode carregá-la nunca mais; de repente, seja qual for o nome que você lhe dê — infelicidade, ego, ignorância, qualquer nome que queira dar —, ela cai.



Osho, em "Palavras de Fogo

Osho, por que você sempre nos diz para sermos felizes, se, antes da iluminação, a pessoa tem de chegar a um pico de dor e angústia? Se eu nã...